MODALIDADES DE
MONTARIAS
BAREBACK
Este é o tipo de montaria em que o peão não tem os estribos, que são
apoios para os pés. É utilizada uma pequena sela de couro com uma alça
na cernelha do cavalo (entre a crina e o dorso), que é a principal
base de apoio do competidor. A prova é avaliada pela posição e pelo
equilíbrio do peão, por sua técnica de esporear, pelo grau em que seus
pés ficam virados para fora e pelo seu desempenho sobre o animal, pois
o ideal é que o competidor fique em uma posição quase horizontal,
batendo as costas nas ancas do animal. O tempo limite é de 8 segundos
e a nota vai de 0 a 100. Durante a prova, o peão deve tentar manter-se
o máximo de tempo sobre o cavalo, utilizando as esporas. No primeiro
pulo dado pelo animal, o competidor é avaliado pelo posicionamento das
esporas no pescoço do cavalo executando o "MARK OUT", que é o
posicionamento específico das esporas no animal logo no primeiro pulo;
suas pernas precisam estar esticadas e os pés posicionados no pescoço
do cavalo. Caso isso não ocorra, receberá nota zero. No segundo pulo,
na puxada simultânea das esporas, as pernas do peão devem tentar
alcançar a anca. Enquanto o cavalo está dando pulos, o peão puxa seus
joelhos para cima, arrastando suas esporas nos ombros do animal. Ao
descer, o peão estica as pernas, novamente posicionando suas esporas
sobre a paleta, antecipando o próximo salto.
BULL DOGING
Prova de trabalho realizada em duplas e que tem por objetivo a
derrubada de um boi no menor tempo possível. Um dos cavaleiros faz o
trabalho, que é chamado de esteira, acompanhando a lateral do boi para
que ele não fuja por este lado nem se distancie muito, enquanto seu
parceiro salta do cavalo em movimento para cima da cabeça do boi para
derrubá-lo, virando o seu pescoço com as mãos. Depois de pegar o boi,
o competidor deverá mudar a direção ou fazer com que ele pare e ,
assim, derrubá-lo. A desclassificação do Bull Doging acontece se o
cavaleiro não consegue pegar o boi, quando o competidor desce ao lado
contrário do animal ou se o boi, quando derrubado, cai do lado
contrário ao do bulldogueiro. Se o animal for derrubado de maneira
acidental pelo competidor, levando os chifres do animal ao chão, ele
deverá colocá-lo em pé com as quatro patas para então ser derrubado.
Esta prova já foi realizada com o extraordinário tempo de 2,4
segundos.
BULL RIDING
O peão monta sobre o pelo do touro segurando-se apenas em uma corda
amarrada ao tórax do animal, com o tempo-limite de 8 segundos para se
manter na montaria, utilizando apenas uma das mãos para se firmar,
pois o outro braço deve ficar solto no ar, para dar equilíbrio. Uma
das mangas da camisa deverá estar dobrada e a outra com o punho
abotoado. São oferecidos 100 pontos pela montaria e quanto maior for a
quantidade de pulos e a dificuldade imposta pelo touro, mais pontos o
competidor recebe. Também contam pontos o seu estilo e sua técnica de
montaria. O peão que não permanecer 8 segundos sobre o touro recebe
nota zero. Também terá a pontuação zero o competidor que tocar o touro
com os seus equipamentos, com a mão de equilíbrio ou aquele que
"montar nos nós", que é o ato de fixar as esporas na corda. Nesta
montaria utiliza-se CORDA AMERICANA, feita de nailon ou fibra vegetal,
com sinos conhecidos como POLACOS, e o SEDÉM, que é um acessório usado
para estimular os pulos do animal e deve ser feito de material macio,
como lã ou o algodão, não podendo causar ferimentos ao touro. Como
medida de segurança, o peão é obrigado a utilizar uma LUVA de couro e
as pontas dos chifres dos touros são cerradas. O peão pode usar, se
quiser, acessórios como o capacete, e o colete de segurança, para
evitar acidentes.
CUTIANO
Este estilo de montaria, desenvolvido e praticado no Brasil, teve
início há mais de 50 anos e tem como objetivo montar sobre o cavalo,
durante 8 segundos a contar da saída do brete, sem se apoiar no ARREIO
e usando apenas duas cordas amarradas no peito do animal. No início
não possuia muitas regras, mas com o tempo este estilo de competição
foi se aprimorando e as regras foram sendo formadas, transformando o
cutiano em um esporte praticado em todos os rodeios do Brasil. O peão
é avaliado pelo seu desempenho e pela dificuldade da montaria,
recebendo notas que vão de 0 a 100. Como regra, para não ser
desclassificado, o competidor não pode tocar no animal. Fazem parte do
equipamento um assento de couro, chamado de arreiro o BAIXEIRO, a
PEITEIRA e as rédeas com duas tiras de cordas, que são o apoio para as
mãos do peão durante a montaria. No primeiro pulo dado pelo animal, o
competidor deve posicionar as esporas entre o pescoço e a paleta do
cavalo, realizando o "MARK OUT". A partir do segundo pulo, as esporas
devem ser puxadas em direção á cava da paleta. O estilo cutiano,
apesar de ser praticado na maioria dos rodeios do Brasil, não serve
como credencial para o peão participar de competições internacionais.
LAÇO EM DUPLA
Nesta prova de trabalho, inspirada na lida das fazendas de gado
realizada nos Estados Unidos, uma dupla de cavaleiros deve laçar um
bezerro de aproximadamente 200 quilos, sendo que um dos competidores é
chamado de "cabeceiro" por laçar o pescoço ou os chifres do animal
(que deve ter entre 15cm e 30cm de chifre), e o outro é chamado de "peseiro"
e tem a missão de, após o cabeceiro puxar o animal, laçar as patas do
animal e derrubá-lo. A dupla de laçadores deve estar sincronizada para
não errar as laçadas, pois o tempo utilizado para a prova é
cronometrado e vai desde o momento de abertura do boxe até o momento
em que os dois cavaleiros laçam o bezerro e o mantém sobre a corda
esticada e amarrada á sela do cavalo. Há uma penalização de acréscimos
de segundos se o cabeceiro estourar a barreira ou se o peseiro laçar
apenas uma das patas do animal.
LAÇO DE BEZERRO
Esta é mais uma prova de trabalho que é praticada por um peão que deve
laçar um bezerro com cerca de 120 quilos pelo pescoço, manter a corda
esticada, saltar do cavalo e amarrar três patas do animal, sendo duas
traseiras e uma dianteira, deixando-o imobilizado. O bezerro deverá
estar em pé ou deverá ser erguido pelo competidor na altura do animal
em pé, com as patas para baixo, para, em seguida, ser levado ao chão.
O tempo desta prova é cronometrado a partir do momento em que o juiz
autoriza a partida do laçador, que sai do boxe logo após o bezerro. A
finalização do tempo é dada após o competidor imobilizar o animal,
montar sobre ele e levantar as suas mãos. As patas do bezerro deverão
permanecer atadas por 6 segundos após o competidor montar novamente em
seu cavalo e afrouxar a corda. O laço deverá permanecer frouxo até o
juiz aprovar o nó. O peão é desclassificado se quebrar a barreira ou
se o bezerro soltar. Vence a prova quem a cumprir em menor tempo, que
pode ter, no máximo, 120 segundos.
SELA AMERICANA
Este estilo de montaria foi a primeira categoria do rodeio, criado em
1929. Originou-se das domas de cavalos xucros que eram treinados para
trabalhar com gado nos ranchos do velho oeste. Também é conhecido como
SELA AMERICANA e é considerado a modalidade que mais exige técnica e
habilidade do peão. O competidor deve ficar sobre o cavalo no tempo
limite de 8 segundos usando uma sela normal colocada sobre o animal
sem o BAIXEIRO e segurando com umas das mãos uma rédea de sisal de
aproximadamente 1,20 m presa ao cabresto. A outra mão, é chamada a
"mão do equilíbrio", não pode tocar ou se apoiar em nada. O peão
coloca, no primeiro pulo, as esporas entre a PALETA e o pescoço do
animal. Ao segundo pulo, são puxadas as esporas da barriga ao arco
traseiro da sela. Nessa modalidade, o objetivo é montar de modo
perfeito e suave. Na sela americana, os juizes julgam todas as ações
do cavalo, o controle do peão sobre o animal e a maneira como ele faz
uso das esporas.
TRÊS TAMBORES
Prova que marca a participação das mulheres no rodeio, tipicamente
feminina, é formada por três tambores colocados de forma triangular
com uma distância mínima de 4 metros um do outro. Após a largada dada
pelo juiz, a competidora deve ir até o primeiro dos tambores e
contorná-lo, dando uma volta de 360 graus, e repetir o movimento nos
demais tambores para, então, se direcionar rumo á linha de chagada. A
vencedora será a amazona que fizer o percurso em menor tempo. Será
desclassificada a competidora que errar o percurso, cair do cavalo ou
ultrapassar a linha de chegada com qualquer parte do corpo do animal
pelo lado de fora. Se algum tambor for derrubado, haverá uma
penalização de 5 segundos de acréscimo ao tempo do percurso. O cavalo
utilizado nesta prova é o Quarto de Milha.
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